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Revista GC - Ed.64 - Outubro 2015
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Trilhos Urbanos

Lá vem o trem

À frente de 10 grandes projetos sobre trilhos, Estado terá de superar os desafios técnicos, logísticos e de falta de recursos. O VLT de Santos deve entrar em operação no próximo ano, mas o monotrilho está atrasado

Em agosto último, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin reuniu a imprensa para anunciar a decisão de congelar a construção de 17 das 36 estações de monotrilho previstas para as linhas 17-Ouro, que está sendo construída na Zona Sul de São Paulo, e da Linha 15-Prata, na Zona Leste. A notícia não pegou de surpresa quem vem acompanhando os desfechos da crise econômica que tem afetado os investimentos em vários setores. Mas associada à interrupção das obras da Linha 4-Amarela, segundo o governo por falência da empresa contratada, mostra os percalços do governo para concluir o maior conjunto de obras metroferroviárias simultaneamente tocadas pelo estado.

“A contratação e execução de 10 grandes empreendimentos em cinco anos é hoje o grande desafio do estado. O conjunto de investimentos irá atender sobretudo a região metropolitana, que concentra 30 milhões de habitantes em seus 39 municípios”, destacou o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo Clodoaldo Pelissioni, durante a 21ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, em setembro.  Segundo ele, se os prazos forem cumpridos, São Paulo terá, em cinco anos, mais 96,6 km de metrô e trem e 77 novas estações, incluindo uma linha de VLT na Baixada Santista.

Atualmente são 78 km do metrô, mais 260 km dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e os 340 km das linhas de ônibus intermunicipais da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.

As dez obras do sistema metroferroviário da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo empregam atualmente 13 mil pessoas. O conjunto inclui a Linha 6-Laranja (Vila Brasilândia - São Joaquim), a primeira PPP - Parceria Público Privada integral, que prevê construção, manutenção e operação, concedida à Concessionária Move São Paulo.

A Linha 6-Laranja, com custo estimado da ordem de R$9 bilhões e previsão de entrega em 2020, terá 15,3 km de extensão, 15 estações e deve transportar 633 mil pessoas por dia.

A Linha 15-Prata do monotrilho Vila Prudente – Iguatemi, na zona Leste com 13 km e 11 estações, tem custo de R$ 3,2 bilhões.

Já a Linha 17 de Congonhas ao Morumbi, que deve ser entre


Em agosto último, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin reuniu a imprensa para anunciar a decisão de congelar a construção de 17 das 36 estações de monotrilho previstas para as linhas 17-Ouro, que está sendo construída na Zona Sul de São Paulo, e da Linha 15-Prata, na Zona Leste. A notícia não pegou de surpresa quem vem acompanhando os desfechos da crise econômica que tem afetado os investimentos em vários setores. Mas associada à interrupção das obras da Linha 4-Amarela, segundo o governo por falência da empresa contratada, mostra os percalços do governo para concluir o maior conjunto de obras metroferroviárias simultaneamente tocadas pelo estado.

“A contratação e execução de 10 grandes empreendimentos em cinco anos é hoje o grande desafio do estado. O conjunto de investimentos irá atender sobretudo a região metropolitana, que concentra 30 milhões de habitantes em seus 39 municípios”, destacou o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo Clodoaldo Pelissioni, durante a 21ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, em setembro.  Segundo ele, se os prazos forem cumpridos, São Paulo terá, em cinco anos, mais 96,6 km de metrô e trem e 77 novas estações, incluindo uma linha de VLT na Baixada Santista.

Atualmente são 78 km do metrô, mais 260 km dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e os 340 km das linhas de ônibus intermunicipais da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.

As dez obras do sistema metroferroviário da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo empregam atualmente 13 mil pessoas. O conjunto inclui a Linha 6-Laranja (Vila Brasilândia - São Joaquim), a primeira PPP - Parceria Público Privada integral, que prevê construção, manutenção e operação, concedida à Concessionária Move São Paulo.

A Linha 6-Laranja, com custo estimado da ordem de R$9 bilhões e previsão de entrega em 2020, terá 15,3 km de extensão, 15 estações e deve transportar 633 mil pessoas por dia.

A Linha 15-Prata do monotrilho Vila Prudente – Iguatemi, na zona Leste com 13 km e 11 estações, tem custo de R$ 3,2 bilhões.

Já a Linha 17 de Congonhas ao Morumbi, que deve ser entregue em dezembro de 2017 à operação, terá 9,2 km e custo estimado de R$ 2,65 bilhões.

A Linha 5-Lilás do metrô que terá 10,8 km e dez estações a um custo de R$9,56 bilhões também deverá ser entregue em 2017.

Pela primeira vez, o metrô avança para além da divisa da cidade de São Paulo ao contratar a Linha 18-Bronze, ligando a estação Tamanduateí da linha Verde para Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo, no ABC com 15,4 km, 13 estações e custo avaliado em R$ 4,83 bilhões.

Guarulhos também deverá ganhar uma conexão através da Linha 13-Jade da CPTM, que interliga a estação Engenheiro Goulart, da Linha 12 da CPTM à futura estação Aeroporto Internacional de São Paulo, com mais 12,2 km e três estações a um custo de R$1,8 bilhão.

A CPTM está expandindo a Linha 9-Esmeralda na zona sul que hoje vai de Osasco até o Grajaú para o extremo sul da capital, Varginha. Serão mais 4,5 km de linha, com duas novas estações: Mendes-Vila Natal e Varginha. O investimento é da ordem de R$ 775,3 milhões para estudos, projetos, adequação das áreas e execução das obras. No total serão construídas e ampliadas nove linhas com 96,6 km e 77 novas estações.

A EMTU, quietinha, comemora o bom andamento  do primeiro VLT (veículo leve sobre trilhos) paulista, entre Santos e São Vicente, com dez estações, que deve iniciar as operações até julho de 2016, onde estão sendo investidos R$7 bilhões.

As obras da Linha 4-Amarela passarão por nova licitação ainda neste ano com o custo estimado de R$1,3 bilhão.

Prioridades

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, com relação aos projetos dos monotrilhos das linhas 15- Prata e 17-Ouro, a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho. Os trechos prioritários são a ligação do Aeroporto de Congonhas até o Morumbi (integração com a Linha 9 da CPTM), na Linha 17, e Vila Prudente a Iguatemi, na Linha 15. Nos demais trechos, as obras estão paradas e aguardam questões vinculadas às ampliações viárias, que dependem da Prefeitura de São Paulo, como reassentamentos e desapropriações necessárias, licenciamentos ambientais e novas fontes de financiamento.

A Secretaria de Transportes Metropolitanos decidiu congelar sete estações da linha 15:  Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer, Marcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes. Além dessas, a conexão com a Estação Ipiranga, da Linha 10-Turquesa, de 2,2 km, na outra ponta da linha. A previsão inicial era que o monotrilho tivesse, no total, 26,6 km.

No ano passado, foi assinado o contrato para construir a Linha Bronze do monotrilho, que vai ligar o ABC à Zona Leste da Capital. Mas o governo justifica o atraso em virtude do atraso dos recursos prometidos pelo governo federal para iniciar a construção.

VLT  de Santos: velocidade de construção surpreende

Na outra ponta, o Sistema Integrado Metropolitano da Baixada Santista (SIM), que inclui o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), está bem avançado, com quase 70% das obras e serviços já concluídos. O cronograma governamental indica a o início da operação comercial do VLT em janeiro de 2016. No total, são 19 km de extensão e, com a integração futura, às linhas de ônibus metropolitanas e municipais, beneficiará 220 mil passageiros/dia - 70 mil usuários só do VLT, que atuará como eixo estruturador do sistema. O investimento total da obra chega a R$ 1,1 bilhão entre projetos, obras civis, veículos e sistemas. O primeiro trecho, Barreiros - Porto, é constituido por 11,5km de extensão, com 15 estações, sendo oito em São Vicente e sete em Santos. O segundo trecho, que vai ligar Conselheiro Nébias – Valongo, na cidade de Santos, terá 8 km . As obras do trecho Barreiros – Porto contam, no momento, com 670 trabalhadores.

Trata-se do primeiro VLT implantado no Estado de São Paulo, com todas as características que já são conhecidas pelas outras cidades onde funciona, como piso baixo, integração e harmonia total com  meio urbano em termos de compartilhamento de tráfego, convivência com a população e acessibilidade, além do alto índice de automação, alimentação por rede aérea e/ou baterias e comunicação aos usuários. O sucesso do empreendimento quanto à velocidade da construção e ao desempenho de seu funcionamento deverão basear outros projetos similares a serem desenvolvidos no Estado.

As obras na Av. Francisco Glicério foram retomadas em junho, após a liberação pelo Supremo Tribunal de Justiça, depois de um embargo por parte do Ministério Público santista, que questionou mudanças no itinerário do VLT para beneficiar um empresário local. Segundo a secretaria, as intervenções serão intensificadas nesse trecho com a homologação da licitação das obras complementares, em andamento. A assinatura do contrato com o vencedor da concorrência pública está prevista para outubro.

Operação por meio de PPP

A operação do sistema integrado metropolitano (VLT e reestruturação do sistema de ônibus intermunicipal) será feita por meio de Parceria Público Privada (PPP).  O vencedor da licitação foi o Consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, formado pelas empresas Comporte Participações S.A. e Viação Piracicabana Ltda. O prazo de vigência da concessão é de 20 anos, com um valor total de investimento de R$5,6 bilhões, dos quais R$ 666 milhões são investimentos imediatos voltados para a implantação de equipamentos e sistemas, bilhetagem eletrônica, aquisição de frota de ônibus e material rodante adicional para operar no trecho Barreiros – Samaritá do VLT, em São Vicente, além do fornecimento de 11 VLTs.

Neste terceiro trimestre, está previsto no contrato que o Consórcio apresentará a equipe que iniciará o treinamento para operar o VLT com base num acordo de transferência de tecnologia entre o Consórcio e uma empresa especializada a ser subcontratada. O treinamento vai se desenrolar no decorrer deste semestre, antecedendo o início da operação comercial prevista para janeiro de 2016.

A tarifa prevista no edital da PPP (janeiro de 2014) era de R$ 3,20 para o VLT e R$ 3,40 para as integrações do VLT com linhas municipais da Baixada Santista. O valor da tarifa no início da operação comercial, prevista para janeiro de 2016, ainda não está definido e será atribuição do poder concedente, ou seja, da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, com base em fatores econômicos e tratativas com as prefeituras municipais.

Material rodante

O Consórcio Tremvia Santos foi o vencedor da licitação para a construção de 22 VLTs, valor do investimento estimado em R$ 233 milhões. Cada veículo tem um custo estimado de R$ 10,6 milhões e devem ser entregues até o primeiro semestre de 2016.  Os veículos operados pelo VLT terão 2,65m de largura por 44m de comprimento e 3,20m de altura; capacidade para 400 usuários; velocidade média de 25km/h (a máxima é de 80km/h); ar condicionado e piso 100% baixo, facilitando a movimentação de usuários com dificuldade de locomoção.  Oito VLTs já estão na Baixada Santista. Ainda em setembro chegará o nono veículo. Até dezembro deste ano serão 12 composições. No próximo ano chegarão os 10 VLT´s restantes do total de 22 veículos contratados.

Sistemas de Sinalização

O Consórcio VLT RMBS é responsável pelo fornecimento dos sistemas de energia, semáforos, sinalização, telecomunicações, controle de arrecadação e de passageiros, com o custo estimado de R$ 123,1 milhões. Os equipamentos estão sendo instalados nas estações concluídas ao longo do primeiro trecho do VLT.  O fornecimento e instalação de Sistema de Portas nas Plataformas (PSD) para as estações do trecho entre a estação Barreiros, em São Vicente e a Estação Porto, em Santos está a cargo do Consórcio Bosung Arquitrave, contrato homologado em 28 de março, ao custo de R$ 35 milhões. O contrato já foi assinado e a instalação do equipamento começará no início de 2016.

BRT Metropolitano  LitoralSul

Já o BRT Metropolitano LitoralSul Ligará Praia Grande a São Vicente, com extensão total de 18km . A população dos dois municípios soma cerca de 600 mil habitantes.  A EMTU/SP concluiu o projeto funcional de ligação da Praia Grande (Vila Caiçara) à futura Estação São Vicente do VLT, na área insular de São Vicente, por meio de BRT (Bus Rapid Transit), um sistema de transporte operado por veículos da alta capacidade de transporte que  circulam em via expressa, com área para ultrapassagem próxima aos pontos de parada. A cobrança é feita antes do embarque, o que permite menor tempo de parada dos veículos.

Esse projeto foi selecionado no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC – Pacto da Mobilidade do Ministério das Cidades, a pedido do Governo do Estado de São Paulo, conforme Portaria Federal 520, publicada em 29/08/2014, e terá como fonte de recurso o Orçamento Geral da União com valor previsto de R$ 9 milhões para contratação dos projetos básico e executivo. Atualmente aguarda a liberação do recurso por parte da União.

 

 

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