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Revista GC - Ed.14 - Abril 2011
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Jogos Mundiais Militares

Jogos Militares ensaiam vôo brasileiro das Olimpíadas

Os Jogos Mundiais Militares, que acontecem de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro, soarão como prévia para a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Em que pese a diferença da organização militar, grande parte dos sistemas de logística e controle operacional, e disponibilidade das instalações, podem servir como modelo para o desafio brasileiro de organizar pela primeira vez uma edição dos Jogos Olímpicos.

O pontapé foi dado com uma coletiva de imprensa em março, que reuniu o General-de-Brigada Jamid Megid Júnior, Coordenador de Planejamento Operacional dos Jogos Rio 2011, e o Vice-Almirante Bernardo José Pierantoni Gamboa, Presidente da Comissão Desportiva Militar Brasileira (CDMB), no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Também participaram da mesa Marcia Lins, Secretária de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, e Ruy César, Secretário Especial Rio 2016.

Neste sentido, é preocupante que a 100 dias para o início dos jogos, apenas 30% das instalações esportivas estejam totalmente prontas e aptas para o evento. Restam problemas a serem resolvidos em algumas instalações, como o Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que deverá abrigar competições de Judô e Futebol Feminino, além da finalização das obras de duas das três vilas de atletas. No entanto, o general Jamil Megid, coordenador do evento, assegura que tudo será entregue a tempo. "Houve pequenos contratempos, como chuvas e falta de mão de obra, que atrasaram algumas instalações, mas todas estão bem adiantadas", afirmou. O evento deverá reunir no Rio de Janeiro cerca de seis mil atletas e dois mil delegados de mais de 100 países.

Instalações inacabadas e canteiros de obras fazem parte da paisagem do complexo esportivo de Deodoro, que vai receber a maioria das modalidades. De acordo com o general, o Centro Esportivo Miécimo da Silva, localizado em Campo Grande, é considerado ponto crítico. As obras no local onde serão realizadas as provas de judô e algumas partidas de futebol foram bastante atrasadas por causa da chuva.  Segundo os organizadores, medidas de emergência estão sendo tomadas para que o C.E. Miécimo da Silva volte aos prazos do cronograma.

O Estádio João Havelange (Engenhão), que foi construído para abr


Os Jogos Mundiais Militares, que acontecem de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro, soarão como prévia para a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Em que pese a diferença da organização militar, grande parte dos sistemas de logística e controle operacional, e disponibilidade das instalações, podem servir como modelo para o desafio brasileiro de organizar pela primeira vez uma edição dos Jogos Olímpicos.

O pontapé foi dado com uma coletiva de imprensa em março, que reuniu o General-de-Brigada Jamid Megid Júnior, Coordenador de Planejamento Operacional dos Jogos Rio 2011, e o Vice-Almirante Bernardo José Pierantoni Gamboa, Presidente da Comissão Desportiva Militar Brasileira (CDMB), no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Também participaram da mesa Marcia Lins, Secretária de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, e Ruy César, Secretário Especial Rio 2016.

Neste sentido, é preocupante que a 100 dias para o início dos jogos, apenas 30% das instalações esportivas estejam totalmente prontas e aptas para o evento. Restam problemas a serem resolvidos em algumas instalações, como o Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que deverá abrigar competições de Judô e Futebol Feminino, além da finalização das obras de duas das três vilas de atletas. No entanto, o general Jamil Megid, coordenador do evento, assegura que tudo será entregue a tempo. "Houve pequenos contratempos, como chuvas e falta de mão de obra, que atrasaram algumas instalações, mas todas estão bem adiantadas", afirmou. O evento deverá reunir no Rio de Janeiro cerca de seis mil atletas e dois mil delegados de mais de 100 países.

Instalações inacabadas e canteiros de obras fazem parte da paisagem do complexo esportivo de Deodoro, que vai receber a maioria das modalidades. De acordo com o general, o Centro Esportivo Miécimo da Silva, localizado em Campo Grande, é considerado ponto crítico. As obras no local onde serão realizadas as provas de judô e algumas partidas de futebol foram bastante atrasadas por causa da chuva.  Segundo os organizadores, medidas de emergência estão sendo tomadas para que o C.E. Miécimo da Silva volte aos prazos do cronograma.

O Estádio João Havelange (Engenhão), que foi construído para abrigar os Jogos Panamericanos de 2007, vai receber as cerimônias de encerramento e abertura dos Jogos Militares, além das provas de atletismo e final do futebol masculino. De acordo com os organizadores, o estádio não precisou passar por obras de adaptação, assim como o estádio de São Januário, do Vasco da Gama, que irá abrigar jogos de futebol feminino e masculino.

Segundo o general Jamil Megid, ainda há tempo hábil para realização das obras, tranquilizando sobre o andamento do cronograma e a realização do evento segundo o planejamento estipulado. “Temos um atraso de 9,5% nas obras da Vila Branca, da Marinha, em Campo Grande, junto à Avenida Brasil e Azul, da Aeronáutica e no Campo dos Afonsos. Devido a várias obras em realização na cidade, enfrentamos também a dificuldade de arregimentar mão de obra. A construção dos últimos blocos foi afetada pelo período de chuvas e por isso é prioridade das frentes de trabalho. Há condições de terminá-los para a instalação dos atletas. Não nos preocupa tanto porque temos alternativas. Mas queremos manter a meta original, que é a conclusão no final de junho”, garante Megid.

No entanto, problemas no Miécimo da Silva podem deixar o complexo esportivo fora da programação dos jogos. De acordo com os organizadores, o local necessita de reformas na climatização do ginásio, no gramado do campo de futebol e nas redes elétricas e hidráulicas. As obras chegariam aos R$ 4 milhões e seriam custeadas pelo Ministério do Esporte e pela Prefeitura do Rio, recursos que ainda precisam ser liberados.

O Vice-Almirante Bernardo Gambôa, Presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, mostrou-se no entanto otimista em relação à realização dos jogos e à participação dos atletas brasileiros. Segundo ele, algo precisava ser feito depois da última participação da delegação brasileira nos Jogos Militares de 2007, na Índia, quando ficou em 31º lugar, entre 100 países competidores: “A intenção do Brasil é ficar entre os três primeiros no quadro de medalhas. Faço uma convocação à torcida. O brasileiro, e o carioca, têm que vir conosco. Nada melhor para um atleta do que estar ali e ver a torcida vibrando por ele. Várias bandeiras brasileiras e camisas verdes e amarelas”.

A torcida terá facilidade para assistir às competições, já que os ingressos serão distribuídos gratuitamente. Pelo menos é o que garante o general Megid, adiantando que quem solicitar ingresso vai receber, de acordo com a capacidade de público de cada local de competição: “O objetivo é a máxima integração com a população.

As instalações civis e militares estarão abertas para o público, com cadastramento realizado via internet, a partir de 1º de maio (www.rio2011.mil.br). Faremos o controle do número de ingressos adequado à capacidade da instalação. Quem pediu, vai receber. Se houver uma demanda muito alta, como nas Cerimônias de Abertura e Encerramento e finais, haverá sorteio”.

Com 20 modalidades esportivas, sendo 15 olímpicas, os Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro vão contar com uma estrutura de 43 instalações esportivas e de apoio, 43 mil pessoas envolvidas diretamente, dentre as quais sete mil atletas de 100 países, cinco mil voluntários, 12 mil prestadores de serviço. A delegação brasileira vai contar com 268 atletas, entre eles militares brasileiros de alto rendimento como Vicente Lenilson, Camila Adão, Monique Ferreira, Poliana Okimoto, Fernanda Berti, João Gabriel, Flávio Canto, Keila Costa, Tiago Camilo e Kaio Marcio. “Os Jogos Mundiais Militares são uma parceria das Forças Armadas, órgãos públicos e empresas nacionais. O objetivo do legado esportivo não é atender somente a competição, mas os atletas de alto rendimento civis e militares, o Programa Forças no Esporte e as atividades esportivas dos militares”, disse o General Megid.

Legado dos jogos
O planejamento para a administração de 42 mil pessoas que participarão diretamente dos jogos, além dos expectadores, contou com apoio dos governos. Estudos para a integração de serviços públicos, principalmente relacionados à segurança, transporte e saúde, foram realizados. Assim, órgãos públicos deverão interagir com o CPO. O objetivo é reduzir ao máximo o impacto na rotina da cidade. Por isso, foi solicitado que as férias escolares coincidam com a realização dos Jogos, facilitando a circulação do trânsito.

A coordenação realizou um trabalho em conjunto com a CET-Rio, no sentido de analisar as vias a serem utilizadas e as faixas exclusivas para facilitar ao máximo a mobilidade durante os jogos, minimizando os impactos negativos no trânsito. Na segurança dos jogos, haverá uma ação integrada coordenada pelo Comando Militar do Leste com os apoios da Marinha e da Aeronáutica, além dos órgãos de segurança pública".

O Comitê Olímpico Brasileiro cedeu profissionais que trabalharam nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 nesta área, incluindo o banco de dados pessoal cadastrado. Através do Projeto Rondon, com 19 universidades credenciadas, 2.500 alunos vão trabalhar em suas respectivas especialidades, além de 2.500 voluntários inscritos.

"É prioridade para as Forças Armadas prosseguir participando dessa revolução nos esportes. O investimento que estamos fazendo é de longo prazo e não apenas para a 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares", afirmou o General Megid. "Não temos uma equipe da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, mas Seleções Militares. Quem compõe as equipes são os melhores atletas militares, independente das forças", disse o Almirante Gambôa.

A corrida para aprontar as instalações
O conjunto de instalações que serão utilizadas nos jogos contará com a Praça das Bandeiras, onde será feita a recepção para todos os atletas; a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO), onde será instalado o Main Press Centre (MPC, ou Centro de Imprensa), e o Centro Integrado de Operações Conjuntas (CIOC), ambiente central da estrutura de comando e controle. Inclui ainda o Centro Nacional de Hipismo (CNH), a Vila Azul e a Vila Verde, onde os atletas serão instalados.

As Vilas de Atletas Militares possuem 106 edifícios, com 1206 apartamentos  no total, e serão o principal legado para utilização das Forças Armadas do Brasil. As Vilas Branca, Verde e Azul localizam-se nos bairros de Campo Grande, Deodoro e Campo dos Afonsos, respectivamente, construídas sob aspectos de sustentabilidade no uso de materiais e sistemas de manutenção, que incluem o reaproveitamento de água e economia de energia elétrica. As árvores derrubadas foram substituídas com o replantio de 2.300 novas mudas, de acordo com a Medida Compensatória do órgão regulador da Prefeitura do Rio de Janeiro. Durante a competição, as vilas de atletas serão divididas em duas áreas principais: a Área Residencial e a Área Operacional. As instalações comportam restaurante, além de Centros de Serviços às Delegações, Centros de Informações Esportivas (SIC), Salas de Reuniões, Postos de Atendimento Médico, Salas de Imprensa, Centro de Boas Vindas e Credenciamento CISM.

Uma das principais instalações é o Ginásio do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista (BI Pqdt), que receberá as competições de esgrima. Construído em uma área de 2.400 m² e com capacidade para mil espectadores, a instalação está localizada no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar. Além de equipamentos e estrutura novos, o ginásio conta com um sistema de iluminação natural feita por 104 luminárias solares que captam a luz externa e dispensam o uso de luz artificial. O mesmo sistema será utilizado no ginásio para as provas do Taekwondo, no CEFAN. “Confundem com holofotes”, disse o responsável pela obra, o engenheiro Fernando Miranda. “O ginásio também está sendo muito elogiado pelo acabamento”. A construção do Ginásio de Esgrima durou pouco mais de um ano. No espaço de duas quadras poliesportivas serão montadas sete pistas para os combates de Esgrima. Depois dos Jogos da Paz, a instalação será utilizada pelo 26º BI Pqdt.

A força de trabalho que auxiliará o trabalho do Comitê de Planejamento Operacional (CPO) durante a realização dos Jogos Mundiais Militares do CISM virá das Organizações Militares (OM) sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Cada local de competição será administrado por uma organização de apoio, que ficará responsável pelas operações das instalações e procedimentos diários de uma competição esportiva. Ficará a cargo das OM indicar entre seu efetivo os militares que atuarão em cada função, seguindo a organização já existente dentro do CPO pelas áreas funcionais: Gestão de Pessoas, Relações Corporativas, Operações dos Jogos, Logística, Inteligência e Segurança e Comando e Controle.

Recursos
O Ministério da Defesa é o único órgão responsável por aplicar recursos em projetos e obras relacionados aos jogos, como construção da vila olímpica, preparação dos atletas, instalações esportivas, tecnologia e segurança. A obra da vila possui a maior dotação prevista entre todas as ações, com R$ 432 milhões autorizados desde 2009. São 1.200 apartamentos, cada um com três quartos para seis pessoas. Porém, a pasta aplicou neste ano R$ 50 milhões, até maio, ou seja, 17% do montante autorizado em orçamento.

A ação de “implantação de infraestrutura, tecnologia e de comunicações para os Jogos Mundiais Militares”, responsável por preparar tecnologias da informação e adquirir sistemas para controle e apurar resultados, também está com baixa execução. Dos R$ 194 milhões previstos desde 2009, apenas R$ 37 milhões foram desembolsados até agora, valor que equivale somente a 19% do autorizado.

Segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa, os valores estão compatíveis com o desempenho das obras. “Os créditos disponíveis atendem às vilas de atletas e instalações esportivas, tais recursos são liberados progressivamente, conforme andamento físico das obras”, afirma. Quando o assunto é segurança, área menos contemplada da competição (9% de execução orçamentária), a assessoria explica que os recursos serão destinados à aquisição de sistemas de segurança, materiais e equipamentos. “Nós custeamos os eventos testes e dos jogos”, informa.

“Os repasses ocorrem à medida que avançam os cronogramas das obras, e eles estão fluindo de acordo com o previsto”, garante a assessoria. Para eles, o Ministério da Defesa e as três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) cumprirão os cronogramas previstos e a entrega das obras acontecerá no prazo certo. “Todas as grandes obras deverão ficar prontas até maio de 2011”, conclui.

 

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