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Revista GC - Ed.1 - Jan/Fev 2010
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Estudo Sobratema

Indústria de máquinas para construção espera forte crescimento em 2010

Passado o pior da crise que abalou os alicerces da economia mundial, é possível afirmar que o Brasil escapou com poucos arranhões e ainda saiu fortalecido da turbulência. Sobretudo no setor da construção, o País passou bem pelo teste de resistência. Os números da indústria de máquinas e equipamentos para construção são um bom termômetro da vitalidade deste setor e fazem parte do estudo do mercado brasileiro de equipamentos para construção e mineração, realizado, pelo terceiro ano consecutivo, pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). Divulgado no início de novembro, o estudo contém um comparativo entre os reflexos da crise e os prognósticos do setor até 2014, medindo a demanda para equipamentos novos no mercado interno, sejam eles de fabricação nacional ou importados.

Segundo a pesquisa, os resultados verificados no Brasil, em 2008 (50.930 unidades vendidas), fizeram com que aquele período se situasse muito acima da média, superando até mesmo as expectativas mais otimistas. Enquanto a demanda global caiu em torno de 20%, as vendas no Brasil continuaram em alta, atingindo crescimento de 46% em relação a 2007.

Os dados coletados demonstram ainda que nos últimos dois anos, enquanto o mundo registrou uma queda de 46% na venda de equipamentos da chamada linha amarela (que inclui escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, pás carregadeiras, tratores de esteira, guindastes, gruas e plataformas aéreas, entre outros), o Brasil obteve a marca positiva de 10%.

Para 2009, cujos números ainda não estão fechados, a expectativa é de cerca de 38.670 unidades vendidas, com projeções, para 2010, de retomada do crescimento, já que as análises das tendências do mercado apontam para uma demanda de aproximadamente 48.000 máquinas novas. Isso representará um incremento de 24,1% em relação a 2009.

As informações foram obtidas junto aos fabricantes, importadores, construtoras, associações e entidades do setor, como a Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Galvão Engenharia, Norberto Odebrecht, o dealer Atlas Copco e a locadora de equipamentos Escad.

Sobe e desce dos números
De acordo com o economista Rubens Sawaya, professor da


Passado o pior da crise que abalou os alicerces da economia mundial, é possível afirmar que o Brasil escapou com poucos arranhões e ainda saiu fortalecido da turbulência. Sobretudo no setor da construção, o País passou bem pelo teste de resistência. Os números da indústria de máquinas e equipamentos para construção são um bom termômetro da vitalidade deste setor e fazem parte do estudo do mercado brasileiro de equipamentos para construção e mineração, realizado, pelo terceiro ano consecutivo, pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). Divulgado no início de novembro, o estudo contém um comparativo entre os reflexos da crise e os prognósticos do setor até 2014, medindo a demanda para equipamentos novos no mercado interno, sejam eles de fabricação nacional ou importados.

Segundo a pesquisa, os resultados verificados no Brasil, em 2008 (50.930 unidades vendidas), fizeram com que aquele período se situasse muito acima da média, superando até mesmo as expectativas mais otimistas. Enquanto a demanda global caiu em torno de 20%, as vendas no Brasil continuaram em alta, atingindo crescimento de 46% em relação a 2007.

Os dados coletados demonstram ainda que nos últimos dois anos, enquanto o mundo registrou uma queda de 46% na venda de equipamentos da chamada linha amarela (que inclui escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, pás carregadeiras, tratores de esteira, guindastes, gruas e plataformas aéreas, entre outros), o Brasil obteve a marca positiva de 10%.

Para 2009, cujos números ainda não estão fechados, a expectativa é de cerca de 38.670 unidades vendidas, com projeções, para 2010, de retomada do crescimento, já que as análises das tendências do mercado apontam para uma demanda de aproximadamente 48.000 máquinas novas. Isso representará um incremento de 24,1% em relação a 2009.

As informações foram obtidas junto aos fabricantes, importadores, construtoras, associações e entidades do setor, como a Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Galvão Engenharia, Norberto Odebrecht, o dealer Atlas Copco e a locadora de equipamentos Escad.

Sobe e desce dos números
De acordo com o economista Rubens Sawaya, professor da PUC de São Paulo, Ph.D em economia e diretor da Insight Consultoria Econômica, uma das empresas que assina o estudo, o aquecimento, nos últimos anos, no mercado de máquinas para a construção, deveu-se ao fato de que o setor vinha de um longo período de estagnação, com baixíssima demanda interna por falta de investimentos consistentes em obras de infraestrutura. “Para atender à demanda gerada pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, por exemplo, as empresas foram obrigadas a atualizar e ampliar suas frotas, dando prioridade à aquisição de um mix de produtos de alta performance e baixa manutenção. Isso provocou uma corrida às compras em 2008”, analisa Sawaya.

Em 2009, no entanto, os números despencaram, o que não chegou a surpreender, já que, além do impacto gerado pela crise mundial, que trouxe queda de vendas em todo o mundo, era esperado, no mercado brasileiro, um certo ajuste ou acomodação, pois boa parte das empresas já haviam atualizado suas frotas no ano anterior.

Surpresa, mesmo, foi a velocidade e a força com que o mercado se recuperou, já a partir da segunda metade do ano, quando o resto do mundo ainda amargava o pior da crise econômica. Tanto que o setor prevê encerrar 2009 como seu melhor ano na história, se for levado em conta apenas o mercado interno, já que as exportações murcharam. Enquanto isso, os dois mercados do primeiro mundo (americano e britânico) permanecem atolados, com quedas dramáticas nas vendas de máquinas e equipamentos para o setor. Nos dois países, a redução foi da ordem de 60%. Mesmo na China, país emergente, que vem apresentando maior crescimento econômico nos últimos anos, foi registrada queda inversamente proporcional ao crescimento brasileiro.

“Atravessar o conturbado ano de 2009 ileso certamente não seria possível para nenhum setor da economia e para o de equipamentos e máquinas não foi diferente – como já previam as projeções apresentadas pelo estudo da Sobratema em 2008. Contudo, os resultados surpreendem, não pelos números, que obviamente são inferiores ao espetacular crescimento de 2008, mas principalmente pela velocidade e força com que o mercado se recuperou, se projetando entre as principais economias mundiais”, diz Afonso Mamede,  diretor de Equipamentos da Construtora Norberto Odebrecht, que respondia pela presidência da Sobratema no período em que a pesquisa foi realizada.

Aumentando a marcha
As previsões para 2010, que apontam para um crescimento das vendas acima de 24%, decorrem principalmente da necessidade de ampliação das frotas, principalmente em função da continuidade dos programas governamentais de recuperação da infraestrutura e da habitação popular, previstos no PAC. A esses catalisadores deverão se somar as obras de preparação da infraestrutura para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, além da exploração das reservas de petróleo e gás do pré-sal.

“Isso deve deixar o Brasil atrás apenas da Índia que, de acordo com dados da Off-Highway Research (OHR), deve atingir um crescimento em torno de 27%. Já a China e os EUA apontam um crescimento menor, de aproximadamente 7%, enquanto os países do mercado comum europeu não registram crescimento, mas sim uma estagnação econômica”, afirma  Sawaya.

Outro fator a ser considerado como provável indutor de aquecimento do mercado é a manutenção do crédito barato e das políticas de incentivo para a construção de habitações populares, foco do programa Minha Casa, Minha Vida, também do governo federal. A retomada dos investimentos nesse segmento deve estimular o crescimento da indústria da construção e de outros segmentos, a criação de novos postos de empregos e o retorno das taxas de crescimento do PIB.

Telehander na lista dos pesquisados
Todos os anos, a pesquisa de mercado realizada pela Sobratema leva em conta as vendas de escavadeiras, carregadeiras, retro-escavadeiras, tratores de esteira, motoniveladoras e caminhões fora-de-estrada, caminhões rodoviários, tratores de pneus pesados, compressores, gruas, guindastes e plataformas aéreas. Na última pesquisa, que contou com a consultoria do economista Brian Nicholson, da MiniMax Editora Especializada Ltda., foi incluído mais um equipamento, relativamente novo no mercado brasileiro – o telehander –, também conhecido como manipulador telescópico. Ele é utilizado para movimentação e levantamento de carga, podendo ser adaptado a diversas ferramentas de trabalho, como caçambas, garfos (pallets), cesto de operação, entre outros. O telehander foi a única categoria a registrar números positivos de vendas em 2009, atingindo a marca de 350 equipamentos vendidos.

Quem é a Sobratema
Há mais de 20 anos a Sobratema representa o setor de máquinas e equipamentos para obras de construção e mineração. No seu quadro de associados estão usuários e fabricantes de equipamentos para construção e mineração, como grandes construtoras, locadoras, empreiteiras e prestadores de serviço, além dos profissionais da área (pessoas físicas).

Entre os fabricantes, fazem parte do quadro de  associados da Sobratema empresas como  Volvo, Caterpillar, Komatsu, Case, JCB, Liebherr, Atlas Copco, Haulotte, Metso Minerals, Dynapac, New Holland, Ciber, Terex, Hyundai, entre  outras.

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