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Revista GC - Ed.67 - Março 2016
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Energia - Especial Belo Monte

De Kararaô a Belo Monte, uma usina emerge na floresta amazônica

Empreendimento entra na fase final e escreve um novo capítulo na história recente do País, com a integração logística da floresta amazônica e a necessidade de novo ponto de diálogo com os povos indígenas

A Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, próximo à região de Altamira, no Pará, no coração da floresta amazônica, entra em sua etapa final de execução das obras civis. Trata-se da principal obra de energia hoje no Brasil. Para chegar a este estágio de avanço físico, a obra superou uma corrida de obstáculos que remontam à década de 1970, quando foram iniciados os estudos para sua construção. Ao longo desse período, foram inúmeros os questionamentos públicos, protestos nacionais e internacionais e campanhas, muitas vezes até agressivas, contra o empreendimento.

A UHE Belo Monte terá potência instalada de 11.233.1 Kw. Será composta de 24 unidades geradoras, sendo 18 na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e seis na casa de força complementar, no Sítio Pimental. São duas casas-de-força, dois reservatórios, um vertedouro e um Canal de Derivação. O barramento no rio Xingu, no sitio Pimental, controla a vazão da “Volta Grande do Xingu” gerando 233 MW de energia e permite criar um desnível para que o excedente de água do rio, no período de cheia, possa ser direcionado através do Canal de Derivação, que transportará até 13,8 milhões de litros/seg, alimentando o Reservatório Intermediário onde, ao seu final, foi construída a casa de força principal, no sitio Belo Monte.  Na casa-de-força principal, serão 18 turbinas e capacidade instalada de 11.000 MW. Na casa de força complementar, no sítio Pimental, serão seis turbinas com potência instalada de 233,1 MW.

Reta de chegada

Ao colocar em operação, em março de 2016, a primeira turbina  das 25 que estão previstas, a usina de Belo Monte escreve definitivamente um novo capítulo na história do país.  Quando a última turbina for instalada em 2019, a fotografia do rio Xingu estará totalmente remodelada. Altamira, a cidade mais próxima, tornou-se uma ponte para facilitar a logística de guerra montada para a execução da obra, que envolveu no pico mais de 20 mil pessoas.

Foram quatro grandes frentes, com canteiros diferenciados: Pimental, Canais, Diques e Belo Monte, cada um com toda a infraestrutura necessária, como alojamentos, supermercado, farmácia, academia, banco, templo, cinema, escola, internet, etc. Dadas as dimensões do


A Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, próximo à região de Altamira, no Pará, no coração da floresta amazônica, entra em sua etapa final de execução das obras civis. Trata-se da principal obra de energia hoje no Brasil. Para chegar a este estágio de avanço físico, a obra superou uma corrida de obstáculos que remontam à década de 1970, quando foram iniciados os estudos para sua construção. Ao longo desse período, foram inúmeros os questionamentos públicos, protestos nacionais e internacionais e campanhas, muitas vezes até agressivas, contra o empreendimento.

A UHE Belo Monte terá potência instalada de 11.233.1 Kw. Será composta de 24 unidades geradoras, sendo 18 na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e seis na casa de força complementar, no Sítio Pimental. São duas casas-de-força, dois reservatórios, um vertedouro e um Canal de Derivação. O barramento no rio Xingu, no sitio Pimental, controla a vazão da “Volta Grande do Xingu” gerando 233 MW de energia e permite criar um desnível para que o excedente de água do rio, no período de cheia, possa ser direcionado através do Canal de Derivação, que transportará até 13,8 milhões de litros/seg, alimentando o Reservatório Intermediário onde, ao seu final, foi construída a casa de força principal, no sitio Belo Monte.  Na casa-de-força principal, serão 18 turbinas e capacidade instalada de 11.000 MW. Na casa de força complementar, no sítio Pimental, serão seis turbinas com potência instalada de 233,1 MW.

Reta de chegada

Ao colocar em operação, em março de 2016, a primeira turbina  das 25 que estão previstas, a usina de Belo Monte escreve definitivamente um novo capítulo na história do país.  Quando a última turbina for instalada em 2019, a fotografia do rio Xingu estará totalmente remodelada. Altamira, a cidade mais próxima, tornou-se uma ponte para facilitar a logística de guerra montada para a execução da obra, que envolveu no pico mais de 20 mil pessoas.

Foram quatro grandes frentes, com canteiros diferenciados: Pimental, Canais, Diques e Belo Monte, cada um com toda a infraestrutura necessária, como alojamentos, supermercado, farmácia, academia, banco, templo, cinema, escola, internet, etc. Dadas as dimensões do empreendimento, montou-se um organograma de reuniões diárias de diretrizes e monitoramento envolvendo as diversas hierarquias e junto ao cliente, Norte Energia S/A, apoiado por programas online de gerenciamento e interface, que facilitaram a gestão do empreendimento.

Três grandes dificuldades físicas foram vencidas, segundo o Consórcio Construtor Belo Monte  (CCBM), contratado pela concessionária Norte Energia S.A para a execução das obras civis da usina: a primeira deu-se justamente na implantação da infraestrutura necessária, como a construção das rodovias de acesso, canteiros, alojamentos, porto e rede de energia e comunicação, devido as grandes distâncias e a inexistência de infraestrutura em transporte.

A segunda grande dificuldade ocorreu na execução das ensecadeiras do Rio Xingu, em função da antecipação, em 2011, da cheia do rio. Por fim, os engenheiros destacam as escavações em solo, numa região com alta taxa de precipitação pluvial durante todo ano, exigindo um trabalho preciso de planejamento, logística e acompanhamento dos processos.

Apesar de desafiadores, para o CCBM os desafios logísticos eram fatores previsíveis, com a otimização da mão de obra nos períodos úmidos, e incremento dos trabalhos nos períodos secos. “Diversas entidades internacionais de países como China, Índia, Congo, visitaram Belo Monte para absorver esse conhecimento” destaca a empresa. Já os atrasos causados por conta das demandas de diversos grupos sociais, ou mesmo por conta do atraso de órgãos governamentais na liberação de outorgas e licenças, reconhece a empresa, não tinham como ser previstos.

Esse conhecimento adquirido deverá ser útil não somente para as outras usinas hidrelétricas do Rio Tapajós e seus afluentes, mas também em outras grandes obras previstas para a região amazônica.

Sem dúvida, soluções tecnológicas ajudaram a resolver diversos problemas logísticos. Por exemplo, a área de TI do CCBM, em parceria com a OI, desenvolveu e forneceu toda a infraestrutura de telecomunicação e dados necessária à  gestão do empreendimento. “No início foi utilizado um sistema via satélite; posteriormente, rádios VHF (Very high frequency); em seguida, telefonia celular e banda larga. Softwares próprios de gerenciamento foram desenvolvidos especificamente para o empreendimento, e outros adquiridos no mercado”, informa o consórcio. Outro aspecto central da usina de Belo Monte foi a grande movimentação de terra - em torno de 240 milhões de m³ de solo, quatro vezes mais que a usina de Itaipu – exigindo dimensionamento ideal de equipes e de máquinas.

 

 

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