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Revista GC - Ed.10 - Novembro 2010
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Infraestrutura Militar

Base militar terá obras de ampliação

Base do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté (SP), comemora 24 anos de criação e prepara licitação de obras de ampliação das suas instalações

O Comando de Aviação do Exército (Cavex), localizado em Taubaté (SP), comemorou, no início de setembro, 24 anos de criação, mas continua em fase de crescimento. Até o final deste ano deverá ser publicado o edital de licitação para a construção de um novo hangar para abrigar uma nova frota de helicópteros do tipo EC725, fabricados pela Helibras, a serem adquiridos pelo Exército Brasileiro. As obras do novo hangar deverão ser iniciadas em 2011 e terão duração prevista de dois anos.

Com a nova instalação, o Cavex, que ocupa uma área de 64 hectares, a cerca de 140 km da capital paulista, com 73 mil m2 de área construída e pista de pouso com cerca de 1.500 m de extensão, passará a contar com um total de quatro grandes hangares, consolidando-se como um centro de referência nacional de tecnologia militar de helicópteros. Mesmo hoje as instalações do comando surpreendem os visitantes. É inevitável a associação com as gigantescas bases militares americanas, tantas vezes retratadas pelos filmes de Hollyhood.

O projeto de ampliação da unidade está previsto no Plano Diretor do Cavex e contempla, além da construção de mais um hangar, a instalação de um hospital. Recentemente foi concluída a obra de uma unidade esportiva polivalente, com arquibancada, que também estava prevista no Plano Diretor.

Além da área operacional, a base de Taubaté conta com uma área que inclui uma “prefeitura”; uma área comercial, com agências bancárias e outras facilidades; outra residencial, com 308 casas e apartamentos funcionais, além de um clube social para os oficiais; e um Centro de Instrução, que cuida da formação e capacitação dos recursos humanos. Entre os cursos ministrados estão os de piloto, controlador de voo, mecânico de aeronaves, operador de pista e gerente de aviação. Por ano, são formados cerca de 400 militares.

Funcionam ainda na base sete organizações militares, entre unidades operacionais e um batalhão de manutenção. Toda essa estrutura conta com uma unidade de captação, tratamento e distribuição de água e de tratamento de esgoto. Ao final do processo de consumo, o esgoto tratado é devolvido para os rios da região. Isso significa que a base militar está em sintonia com as tendências de sustentabilidade.

Hoje a


O Comando de Aviação do Exército (Cavex), localizado em Taubaté (SP), comemorou, no início de setembro, 24 anos de criação, mas continua em fase de crescimento. Até o final deste ano deverá ser publicado o edital de licitação para a construção de um novo hangar para abrigar uma nova frota de helicópteros do tipo EC725, fabricados pela Helibras, a serem adquiridos pelo Exército Brasileiro. As obras do novo hangar deverão ser iniciadas em 2011 e terão duração prevista de dois anos.

Com a nova instalação, o Cavex, que ocupa uma área de 64 hectares, a cerca de 140 km da capital paulista, com 73 mil m2 de área construída e pista de pouso com cerca de 1.500 m de extensão, passará a contar com um total de quatro grandes hangares, consolidando-se como um centro de referência nacional de tecnologia militar de helicópteros. Mesmo hoje as instalações do comando surpreendem os visitantes. É inevitável a associação com as gigantescas bases militares americanas, tantas vezes retratadas pelos filmes de Hollyhood.

O projeto de ampliação da unidade está previsto no Plano Diretor do Cavex e contempla, além da construção de mais um hangar, a instalação de um hospital. Recentemente foi concluída a obra de uma unidade esportiva polivalente, com arquibancada, que também estava prevista no Plano Diretor.

Além da área operacional, a base de Taubaté conta com uma área que inclui uma “prefeitura”; uma área comercial, com agências bancárias e outras facilidades; outra residencial, com 308 casas e apartamentos funcionais, além de um clube social para os oficiais; e um Centro de Instrução, que cuida da formação e capacitação dos recursos humanos. Entre os cursos ministrados estão os de piloto, controlador de voo, mecânico de aeronaves, operador de pista e gerente de aviação. Por ano, são formados cerca de 400 militares.

Funcionam ainda na base sete organizações militares, entre unidades operacionais e um batalhão de manutenção. Toda essa estrutura conta com uma unidade de captação, tratamento e distribuição de água e de tratamento de esgoto. Ao final do processo de consumo, o esgoto tratado é devolvido para os rios da região. Isso significa que a base militar está em sintonia com as tendências de sustentabilidade.

Hoje as instalações de Taubaté contam com um efetivo de 2.500 militares. O comandante do Comando de Aviação do Exército, General de Brigada, Roberto Sebatião Peternelli Júnior, explica que o Cavex dispõe de uma frota de 80 helicópteros (36 Esquilos, 36 Panteras e 8 Cougars). Desta frota, 12 aparelhos estão baseados na unidade do Cavex na Amazônia e cinco na unidade do Pantanal. Os 63 restantes estão baseados em Taubaté.

Esse tipo de aeronave é utilizado para dar mobilidade ao Exército. Elas se destacam pela versatilidade e pela capacidade de operar em longas distâncias. Além de apoiar a força militar terrestre, principalmente em atividades nas fronteiras do País, os helicópteros auxiliam na execução de ações de cunho cívico-social, no resgate “aeromédico”, na busca e salvamento, no apoio em calamidades públicas e em muitas missões humanitárias. Desde sua criação até hoje, foram realizadas mais de 90 mil horas de voo.

Na unidade de Taubaté fica instalado um completo centro técnico de treinamento, dotado do que há de mais moderno em simuladores de voo. Atualmente o Cavex forma por ano cerca de 20 pilotos de helicópteros, que são submetidos a uma média de 100 horas de prática durante o curso, totalizando 2.000 horas de voos com instrução, sem falar no curso de mecânica para helicópteros. No centro técnico foram desenvolvidos programas específicos e de alta qualidade, para auxiliar na preparação dos militares. Depois de formados pela base de Taubaté, os pilotos têm que manter o padrão da qualificação de voo. Essa manutenção é feita através de cursos ministrados em cada uma das unidades em que o piloto se encontra, podendo ser Taubaté, Amazônia ou Pantanal.

História do Cavex
A origem da Aviação do Exército tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança. Ao Patrono do Exército, Duque de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul, com a finalidade de observar as linhas inimigas. Após a guerra, foi criado o Serviço de Aerostação Militar, cujas atividades balonísticas se desenvolveram por mais 47 anos.

Em 1913, foi criada a Escola Brasileira de Aviação no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, ocasião em que foram adquiridos os primeiros aviões do Exército de fabricação italiana. Em 1915, esses aviões foram empregados sob o comando do General Setembrino, na Campanha do Contestado. O então Tenente Aviador Ricardo Kirk, Diretor da Escola de Aviação e Comandante do Destacamento de Aviação, faleceu nessa campanha em 1º de março de 1915, durante uma missão de reconhecimento aéreo onde hoje está localizado o município de General Carneiro (PR).

Em reconhecimento pelo seu pioneirismo, o Tenente Kirk foi promovido “post mortem” ao posto de Capitão. Também por sua importância, é considerado, por todos os aviadores da Força Terrestre como o maior herói da Aviação do Exército. Em 1927, a Aviação Militar passou por uma fase de reorganização e desenvolvimento, criando-se a Arma de Aviação do Exército.

Com aviões novos e a vinda da Missão Militar Francesa de Aviação, foi dado um grande impulso para a Escola de Aviação Militar e, consequentemente, para a nova Arma. A primeira unidade aérea da Aviação Militar foi criada em maio de 1931, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro (RJ), e denominada Grupo Misto de Aviação.

Este teve uma atuação destacada no combate aos revolucionários paulistas na Revolução de 1932. Por decreto presidencial, em 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica e atribuiu-se à Força Aérea Brasileira a exclusividade da realização de estudos, serviços ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional, extinguindo-se o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar e encerrando, assim, a fase inicial da Aviação do Exército.

As experiências e constatações colhidas dos conflitos bélicos, após a Segunda Grande Guerra, mostraram a necessidade da força militar terrestre de dominar e utilizar a faixa inferior do espaço aéreo, buscando mobilidade tática e o aumento do poder de combate. Acompanhando a evolução de outros exércitos, o Exército Brasileiro conscientizou-se da necessidade de implantar uma aviação própria e, com isso, propiciar um maior poder, mobilidade e flexibilidade à Força Terrestre. Buscando a modernização e a adequação da Força ao novo cenário, na década de 80, o Estado-Maior do Exército iniciou os estudos do emprego de aeronaves de asas rotativas em proveito das forças de superfície.

Os estudos culminaram na criação da Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) e do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), em 1986. Fisicamente, a Aviação passou a tomar forma com a instalação do 1º BAvEx na cidade de Taubaté-SP, em janeiro de 1988. Esta localidade foi escolhida, dentre outras, por sua posição estratégica no eixo Rio-São Paulo e por sua proximidade aos importantes centros industriais e de pesquisa na área da aviação, como a Embraer, Helibras e Centro Técnico Aeroespacial.

Outro marco da implantação foi a concorrência realizada, em 1987, que culminou com a aquisição de 16 Helicópteros HB 350 L1 - Esquilo (HA-1) e 36 SA - 365 K Pantera (HM-1) do Consórcio Aeroespatiale/Helibras e com a entrega, em abril de 1989, do primeiro helicóptero Esquilo ao 1º BAvEx. Após o recebimento das 52 aeronaves adquiridas e em face da reorganização da AvEx e da necessidade de mais helicópteros, por meio de um termo aditivo ao contrato com o consórcio Aeroespatiale/Helibras, foi comprado um lote de 20 unidades AS 550 A2 FENNEC (versão da Anv HA-1).

Como consequência da participação do Exército Brasileiro na missão de observadores militares Peru-Equador (MOMEP), foram adquiridas quatro aeronaves S70-A (Black Hawk) em 1997. Encerrada a missão as aeronaves seguiram da Fronteira Peru-Equador para o Brasil e, em 1999, passaram a integrar o 4º Esquadrão de Aviação do Exército, sediado em Manaus-AM.

Os pioneiros da aviação recente tiveram sua formação nas Forças irmãs e, após absorver, mesclar, adequar e aperfeiçoar os conhecimentos obtidos na Marinha e Aeronáutica, foi possível criar um polo de difusão de tais conhecimentos na própria AvEx, que hoje, além de formular e estabelecer doutrinas inerentes à aviação, é capaz de formar seus próprios especialistas. Atualmente, centenas de alunos, oficiais e praças são possuidores de cursos ou estágios realizados na AvEx, muitos dos quais estão distribuídos pelo Brasil, levando consigo os ideais da aviação.

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